História: o Garoto Jimmy
Aplicativo
Se temos boas sementes em nosso coração, Jesus nos ajudará a crescer e sermos bons cristãos.
Texto
1 Timóteo 6:11.
Hora da Historia
Jimmy- Maçã Triturador nem sempre foi chamado assim, mas quando ele era um menino pequeno algo terrível aconteceu. Sua mãe e seu pai morreram e a partir daquele momento ele era filho de todos. Ele viveu por um tempo com sua tia, e um primo, um amigo da família e, finalmente, com a avó. Mas todos eles se cansaram dele, porque ele era muito levado!
As crianças na escola não gostavam dele, nem seus professores. Na verdade ele não conseguia pensar em alguém que gostava dele, que se importasse com ele ou o amasse. Ele era um tanto terrível e por isso passava muito tempo sozinho. Em uma ocasião, ele veio através de um belo campo cheio de árvores, os pássaros e as maçãs e maçãs, tanto quanto o olho podia ver! Havia uma grande e vermelha maçã, suculenta e outras verdes, pequenas e azedas e as maçãs douradas que brilhavam ao sol! Este pomar tornou-se seu lugar preferido, onde passou a maior parte de seu tempo.
Ele gostava de comer batata frita e maçãs suculentas que triturava. Adivinhou! As crianças na escola começaram a chamar-lhe "Jimmy- Maçã Triturador". Ele achava que esse nome era um pouco frio, mas as crianças costumavam ser desagradável com o Jimmy, e ele tinha o hábito infeliz de mascar enquanto falava!
O pequeno Jimmy soube que o dono do pomar era conhecido por ser louco! Se ele pegasse alguém no seu pomar, ele penduraria pelos cordões de seus sapatos em uma das árvores! Mas, Jimmy não sabia disso e um dia quando ele estava debaixo de uma árvore comendo uma daquelas deliciosas maçãs, ele ouviu um som atrás dele. Ele olhou ao redor mas não viu ninguém. "Deve ter sido o vento", pensou e continuou comendo. Mas logo depois, ouviu um outro som, desta vez mais perto! Jimmy sentou-se apenas como uma voz profunda berrou: "Ah! Então você é o ladrão de maçã!"
Um fazendeiro Louco?
O coração de Jimmy quase parou! Levantou-se, pronto para ser executado. Olhou horrorizado para o homem que falava com ele ... e parou! O homem, que, obviamente, era o dono da propriedade estava rindo! Ele olhou para o homem feliz e disse: "Você está louco, porque você está rindo?" O agricultor deu uma risada cordial e disse: "Todo mundo pensa que eu sou louco, porque eu sempre estou tão feliz! E além disso você deveria ter visto o olhar de culpado em seu rosto!"
Jimmy ficou intrigado e perguntou: "Por que você está sempre tão feliz?" "Bem", disse o fazendeiro, "Eu acho que é porque eu conheço alguém que me ama". "Mas, quem te ama?" "Deus!" , respondeu o fazendeiro, "Você sabe, Jesus morreu por mim e porvocê, porque Ele ama você também!"
"Sério? Mas eu não entendo", reclamou Jimmy. O fazendeiro pensou por um segundo e disse: tive uma idéia! Ele subiu na árvore, pegou uma maçã e pulou. "Aqui", disse o agricultor, passando a maçã Jimmy junto com seu canivete. "Descasca a maçã com isto para mim e eu vou te mostrar uma coisa." E assim Jimmy descascou a maçã eo agricultor a cortou ao meio.
"Bom", disse o fazendeiro, "Agora, temos uma maçã aqui, mas partes diferentes. Pode dizer-me quantos?" Jimmy respondeu: "Isso é fácil, a casca, a polpa e as sementes." O lavrador sorriu, "Correto, e assim como esta maçã existe um Deus com partes diferentes - Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo!"
Um Jimmy Infeliz:
"Eu vejo", disse Jimmy, "Então, Deus enviou o Seu Filho Jesus para morrer por você, porque Ele te ama!" "E por você também! Corrigiu o agricultor. Jimmy gostava disso e começou a sorrir. "O que mais Deus faz?" ele perguntou. "Deus é Aquele que te criou e tudo mais", explicou o agricultor, "Ele é quem controla as estrelas e os planetas e ouve quando você ora".
Jimmy franziu a testa: "Mas onde é que está o Espírito Santo?" O lavrador sorriu e explicou: "Você pode ver o vento? Mas você pode sentir o vento. Da mesma forma que não podemos ver o Espírito Santo, mas podemos senti-Lo. Ele nos faz sentir mal quando fazemos coisas erradas, como roubar maçãs ". Jimmy parecia infeliz, mas viu um brilho nos olhos do agricultor. "Se eu pedir que Jesus me transforme, me faça um novo Jimmy, você acha que Jesus vai me ajudar?" perguntou Jimmy. "Definitivamente", confiou o agricultor com um sorriso.
Um Jimmy Novo:
E assim, ali, Jimmy perguntou a Jesus em seu coração. E como mudou! Ele não tinha vontade de ser desagradável e impertinente mais! Ele começou a ler a Bíblia e orava todos os dias e ele tornou-se amável e bom. Mais tarde, Jimmy plantou sementes de maçã e cresceram muitas árvores de maçã com lotes e lotes de maçãs. E cada uma delas lembrou-lhe o quanto Jesus amava.
E se nós fazemos o 1 Timóteo 6:11 diz:
"Buscai a justiça de Deus e ser como Ele,
Tendo fé, o amor, a perseverança e a mansidão ".
Então nós temos boas sementes em nosso coração e Jesus nos ajudará a crescer em bons cristãos, como Jimmy fez!
Extraído do Ministérios Copyright © Sharon infantil
Este blog tem a humilde intenção de colaborar com professores evangelizadores de crianças, postando Histórias Bíblicas, desenhos bíblicos, desenhos pedagógicos e mensagens para edificação. Deus abençoe a todos! Rosangela Correia
27 dezembro 2009
25 dezembro 2009
Cantata de Natal - Crianças
01 dezembro 2009
PULSEIRAS DA DISCÓRIDA- ALERTA AOS PAIS E EDUCADORES
Referente: Pulseiras coloridas
Para conhceimento de todos seuge a matéria do jornal AGORA, de 10 de novembro de 2009refeerente ao uso das pulseirinhas coloridas
Muitas de nossas crianças usam na ingenuidade, mas é bom alerta-los e aos pais, informa-los com carinho sobre a real intenção dessa moda.
Segue matéria - DIVULGEM
Esta febre foi explicada em um email que recebemos da matéria do jornalista Vitor Ferri do jornal Agora. Segue a descrição de cada cor da pulseira:
AMARELA: Abraço;
ROSA: Mostrar o peito;
LARANJA : Dentadinha do amor;
ROXA: Beijo com a língua e talvez sexo;
VERDE: Chupões no pescoço;
VERMELHA: Fazer uma Lap dance (não sei o que significa, se alguém souber e explicar, ótimo!);
PINK: Sexo oral a ser praticado pelo rapaz;
BRANCA: A menina escolhe o que preferir;
AZUL: Sexo oral a ser praticado pela menina;
PRETA: Fazer sexo com quem arrebentar a sua pulseira;
DOURADA: Tudo que foi citado acima.
Este jogo teve início na Inglaterra e como hoje com a velocidade das informações, as crianças, pré adolescentes e adolescentes antenados do jeito que são, já conhecem o tal do Snap.
Assista também a este video sobre como orientar essas crianças e adolescentes, muito bom, da Igreja Quadrangular, acesse no youtube - pagina abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=UfYuzJWxgm0
Para conhceimento de todos seuge a matéria do jornal AGORA, de 10 de novembro de 2009refeerente ao uso das pulseirinhas coloridas
Muitas de nossas crianças usam na ingenuidade, mas é bom alerta-los e aos pais, informa-los com carinho sobre a real intenção dessa moda.
Segue matéria - DIVULGEM
Esta febre foi explicada em um email que recebemos da matéria do jornalista Vitor Ferri do jornal Agora. Segue a descrição de cada cor da pulseira:
AMARELA: Abraço;
ROSA: Mostrar o peito;
LARANJA : Dentadinha do amor;
ROXA: Beijo com a língua e talvez sexo;
VERDE: Chupões no pescoço;
VERMELHA: Fazer uma Lap dance (não sei o que significa, se alguém souber e explicar, ótimo!);
PINK: Sexo oral a ser praticado pelo rapaz;
BRANCA: A menina escolhe o que preferir;
AZUL: Sexo oral a ser praticado pela menina;
PRETA: Fazer sexo com quem arrebentar a sua pulseira;
DOURADA: Tudo que foi citado acima.
Este jogo teve início na Inglaterra e como hoje com a velocidade das informações, as crianças, pré adolescentes e adolescentes antenados do jeito que são, já conhecem o tal do Snap.
Assista também a este video sobre como orientar essas crianças e adolescentes, muito bom, da Igreja Quadrangular, acesse no youtube - pagina abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=UfYuzJWxgm0
DA ESTREBARIA PARA O DIA DE HOJE
DA ESTREBARIA PARA O DIA DE HOJE
(Autor: Pastor Egon Drewlo)
Um repórter entrevista várias pessoas na rua, questionando-as sobre o sentido de Natal. O repórter pode ser o narrador de todo o teatro. Se fosse possível, essa pessoa deveria expressar-se naturalmente, não dependendo nem detendo-se em manuscritos.
Cenário: Primeiro, o palco poderia ser dividido em duas cenas paralelas. Numa metade do palco, o repórter estaria fazendo as entrevistas, enquanto que na outra m
possível montar cada cenário separadamente, inventando algo criativo para o tempo em que as cortinas necessitem permanecer fechadas. O quarto cenário também pode ser montado durante uma cena, com a cortina metade fechada ou separadamente.
Personagens:
Repórter, Um senhor idoso, Uma dona-de-casa, Uma criança, Um comerciante, Jovens cristãos (3), Um jovem, Um policial, Uma família com pai, mãe, filha e filho, Sr. Raimundo – sem-terra, Marli, Carlos, Ricardo e Paula
Repórter (R): Estamos mais uma vez escutando a voz do povo a respeito de um assunto que todos conhecem. Estou falando da época que estamos vivendo. Todos estão em plenos preparativos para o Natal. Anos vão se passando e algumas pessoas questionam: o que é REALMENTE o Natal, o que isso SIGNIFICA? Por esse motivo resolvemos escutar a opinião de muitas pessoas e ver o que elas acham que é o Natal.
Bem, vejamos as opiniões. Vamos conversar com aquele Sr. que vem vindo. (Aponta para o Sr. idoso que vem se aproximando. No encontro com cada personagem deve se improvisar alguma saudação que explique o motivo da entrevista. Enquanto ocorre a entrevista, outras pessoas devem ficar passando por perto. Talvez um ou outro querendo aparecer na televisão, outros passando e mostrando interesse)
Repórter: Poderia me dar um pouquinho da sua atenção?
Idoso: Pois não, do que se trata?
Repórter: Para o Sr., o que é realmente o Natal? O que o Sr. pensa a respeito do assunto?
Idoso: Ah! Meu jovem! Natal de verdade era aquele de antigamente. Agora nem se quer parece mais ser Natal. Antigamente, todos se reuniam, tinham tempo para conversar... Lembro que na noite de Natal acontecia aquela festa...(nostálgico). Geralmente havia um pinheiro todo enfeitado... também se ia para a igreja, ver a apresentação das crianças... É, a gente ia, toda a família, era tão lindo... Hoje, nem sei onde estarão os meus filhos, estou só... sem ninguém (pegando lenço, enxugado as lágrimas que começam a brotar, sai caminhando cabisbaixo. O repórter ainda lhe acena).
Repórter: Feliz Natal! (em seguida procura outra pessoa para entrevistar) Boa-noite, Sra. Posso perguntar-lhe o que é o Natal?
Dona de casa: (Cheia de compras de supermercado e presentes)Nem me fale... é aquela correria... comprar presentes para todo mundo, providenciar na ceia de Natal, arrumar a casa, enfeitar o pinheiro, sabe de uma coisa? Eu dou graças a Deus quando isso acaba e podemos voltar a velha rotina. Veja, que por mais que eu procure me antecipar nos preparativos, sempre os últimos dias são tumultuados... é uma verdadeira loucura! Por falar nisso, vou andando, pois tenho muito a fazer e estes pacotes estão cada vez mais pesados.
Repórter: Obrigada, senhora e Feliz Natal! ( Em seguida faz um comentário para a camera, que realmente os dias parecem ser mais tumultuados, pois as lojas estão lotadas de pessoas que escolhem presentes. Em seguida aborda uma criança). Vamos ver o que este garoto (ou garota) tem a nos dizer sobre o Natal! E prá você amiguinho/a, o que é o Natal?
Criança: Sabe, eu esperei o ano todo por isso, nestes dias tudo é maravilhoso, o melhor de tudo é passear pela cidade, ver as lojas enfeitadas com pinheirinhos, presépios e algumas tem até Papai Noel que distribui balas. Em casa a gente ganha presentes, eu adoro isso.
Repórter: Está bem, meu/minha garoto/a, obrigada...tchau! (Aproxima-se de um comerciante) E para o Sr., o que é o Natal? O que o Sr. faz?
Comerciante: Bem, eu sou comerciante...
Repórter: Ah, então o Sr. deve estar feliz nesta época de muitas vendas! Mas, o que é o Natal para o Sr.?
Comerciante: Olha, nunca parei para pensar no assunto, só sei dizer uma coisa: é uma época em que a publicidade explode. As vendas aumentam bastante, apesar da crise... e tudo isso fortalece a economia. No meu ramos é isso que realmente precisa acontecer. Assim, sou um homem realizado. Eu procuro oferecer produtos que agradem a todos e aumentar assim meu faturamento. Não sei profundamente o que é o Natal, mas sei que com os lucros desta época até durmo melhor...
Repórter: Ok! Obrigado! (E agora vira-se e fala para a câmera) Senhores telespectadores, estamos nas ruas de nossa cidade para ouvir do povo acerca do Natal e não esqueças os melhores presentes estão na casa Serrana... E fique aqui para ficar melhor informado... Vamos falar agora com esse/a jovem que se aproxima... Ei, cara, prá você, o que é Natal?
Jovem: Sabe, bicho, eu só sei de uma coisa: são dias que a gente pode curtir à beça. Fazer aquela festa e se divertir prá valer, sem essa de ficar em casa, só amassando o sofá... o jeito é agitar a sair a mil por aí. Depois que a gente tá meio “alto do chão” é tudo muito legal, parece que a gente tá no céu. Tô com todo programa montado com minha turma, nós vamos agitar essa cidade nestes dias, mesmo se o coroa quer que a gente fique em casa... com esse papo careta de reunião de família... Valeu cara, tchau!
Repórter: Tchau! (para a câmera) Olhem só, estão todos mesmo se preparando para o feriadão e queremos avisar aqueles que viajarão deixando a cidade: comunicado da rodoviária nos alerta que estão sendo colocados ônibus extras para a praia, mas não perca tempo vá logo comprar sua passagem para evitar desgostos de última hora... (Vendo um policial que ali caminha diz:) Vamos ouvir agora, este representante da lei e da ordem. Seu guarda, op que é Natal para o Sr.? São dias como outros em sua profissão?
Policial: São dias que as pessoas esquecem que devem ser prudentes e cuidadosas, são dias que, segundo dados estatísticos, ocorre o maior número de acidentes nas estradas. Todos querem ser donos das estradas e não respeitam pedestres e sinalizações, assim, dias que deveriam ser de festa, acabam sendo dias de dor e sofrimento para muitos. Eu gostaria de deixar meu apelo, aos senhores telespectadores para que tomem cuidado e tenham realmente boas festas!
Repórter: Bem, depois dessas opiniões os senhores podem ver que cada um tem a sua idéia a respeito do Natal. Poderíamos reunir centenas de pessoas e cada uma teria uma idéia diferente. Continuem conosco, voltamos após os comerciais. (Fecha-se metade da cortina. Neste tempo, com a cortina metade fechada, prepara-se o cenário para a terceira cena, no mesmo espaço que o repórter ocupava)
Filha: (Família, assistindo televisão, numa sala de estar) Puxa, mãe, lembrei-me que ainda não comprei um presente para minha amiga. Que mancada... já pensou se esqueço?
Mãe: Mas minha filha, nessa época de crise não se pode dar presente a todo mundo. Temos que nos deter em presentear os amigos mais achegados e parentes. Mande um cartão que além de ser muito mais comunicativo é também mais barato...
Filha: Eu pensei nisso mãe, mas é que eu economizei bastante nos últimos tempos. Não vai ser preciso pedir dinheiro pro papai, eu me arranjo.
Mãe: Manuel, não se esqueça do pinheiro.,
Pai: Não te preocupes, eu sei o que isso significa. Antigamente era a maior festa enfeitar o pinheiro, era divertido, eu adorava. Quero proporcionar essa alegria para meus filhos, nem que tenha que procurar um pinheiro lá nos confins da colônia.
Mãe: Você tem razão. Sem pinheiro, Natal não é Natal. Por falar nisso, vou arrumar também o presépio, para que minhas amigas possam vê-lo. Quero deixá-las babando de inveja com a decoração do presépio e da própria casa... Tenho algumas idéias que vão ficar uma beleza.
Filho: E por falar em Natal, o que vou ganhar de presente? Será que já esqueceram que me prometeram uma moto se eu passasse de não? Eu cumpri minha parte, espero que cumpram a promessa de vocês.
Mãe: Eu sei meu filho, mas tu também sabes que ninguém anda em condições financeiras boas, mas eu nunca deixei de cumprir meus acordos. O consórcio está quase todo paga e pode ser que até o Natal, a moto saia para nós.
Filha: Sabe de uma coisa! Vamos dormir que está ficando tarde, amanhã temos que levantar cedo. Além de tudo, esse programa está chato. Imagine só, ficar ouvindo esse papo furado , tem cada opinião... só vendo prá acreditar.
Filho: Eu vou ficar assistindo. Vou trocar de canal prá ver se encontro algum filme para assistir. (Fecham-se as cortinas. Abre-se a cortina, com o cenário da realidade dos sem-terra. Seu Raimundo com crianças maltrapilhas agarradas em suas pernas e uma mulher).
Repórter: Senhores telespectadores, neste meio tempo nos deslocamos com nossa unidade móvel aqui para o interior de nossa cidade onde encontramos seu Raimundo e sua família. Sr. Raimundo, para o Sr. e sua família o que é o Natal?
Raimundo: Buenas, Natal sempre foi uma alegria no tempo em que nós tinha nossa terrinha. Nós se alegrava de festejar o aniversário de Jesus mesmo que modestamente. Hoje temos somente as mãos calejadas e trabalhar para os outros.
Repórter: O que vem a ser essa construção? (apontando para um telhadinho)
Raimundo: Ali a gente se reúne quando vem o pastor ou o padre. Nos reunimos e lemos a Bíblia, aí a gente fica sabendo que Deus caminhou com seu povo para a terra prometida... e terra prá nós é vida.
Repórter: Mas, Sr. Raimundo, o governo já está cuidando da situação de vocês...
Raimundo: É, mas todos se vendem e nós não temos dinheiro prá comprar alguém para defender nossas idéias. Estamos no deserto, é o que lembro do último estudo bíblico. Mas temos que passar por esse deserto, Jesus está bem perto de nós, ele também nasceu pobre e em dificuldades. Por isso nós não podemos desanimar. O pastor disse que o Advento é a chegada de Jesus ao mundo... que ele veio e virá... Para nós aqui no acampamento, Advento e Natal é esperança de vida, vida que para nós é terra. (num ato de desprezo, o repórter o interrompe
Fazendo um gesto rápido e pedindo os comerciais. (Fecham-se as cortinas pela metade e abre-se o lado que estava sendo preparado. Um barzinho de gente jovem, com som e bebidas)
Marli: (Chegando no bar enquanto que os outros três já estão numa mesa) Que bom encontrar vocês, desde que terminou a aula na faculdade nunca mais encontrei a turma... Os fins de semana estão uma chatice, nem parece que estamos de férias.
Paula: Ora, pare de reclamar, é só passar estas festas que o pessoal volta. Nestes feriados de Natal todo mundo vai ver os familiares, por isso quase não encontramos ninguém...
Carlos: Parece que foi ontem a última festa de Natal... Uma festa que todos saíram do chão...
Ricardo: Vocês assistiram aquelas entrevistas na televisão? O repórter perguntava o que significa Natal prá cada um...
Carlos: Mas sabe, eu nunca tinha parado prá pensar. Este programa até chamou minha atenção. Lá em casa, por exemplo, tá a maior bagunça. É empregada prá todo lado, lavando, pintando, arrumando os móveis, redecorando a casa... Eu nem consigo me sentir bem no meu quarto... A mãe tem mania de revirar a casa todos os ano nessa época. Só prá dar aquele tradicional jantar de família... Os parentes próximos vêm... e nos obrigamos a fingir que está tudo bem... Eu fico imaginando de onde eles tiram aquela cara-de-pau...
Marli: Qual é, cara, deu uma de moralista agora? Desde quando tu ficas encucado com problemas familiares?
Ricardo: É todo mundo acaba, um dia, caindo na real, mas acaba mesmo é na fossa... Pois quando se tenta mudar alguma coisa, acaba-se esbarrando num monte de gente. E na maioria da vezes, ficamos cá com nossos botões... Somos forçados a deixar o mundo rolar... O coroa lá de casa tá em cima de mim: “Quando você vai virar gente? Crescer e ser alguém?”
Paula: É mesmo, muitas vezes fico me questionando sobre tudo que me rodeia, mas existe tanta coisa que acaba sufocando a gente! Todos pensam que nós jovens não temos objetivos na vida, mas não nos deixam perseguir nossos intentos..., nem querem conhecê-los... querem nos moldar ao modo de todos viverem...
Marli: Pôxa, gente, que papo mais baixo-astral! Eu vim aqui para arejar a cuca e vocês acabam me encucando ainda mais! Isso é papo prá se levar só daqui a alguns anos...
Ricardo: Bom, prá agradar gregos e troianos, já que a gente não consegue mudar a coisa... que tal darmos umas voltinhas... vocês topam?
Todos: Vamos! (Fecham-se as cortinas e reaparece o repórter)
Repórter: Senhores telespectadores, agora queremos ouvir os jovens da igreja cristã, que previamente contactamos para este encontro e diálogo. Eles querem nos clarear as idéias a respeito do significado do Natal, com um fundamento bíblico-teológico, pois o fundamento cristão está muitas vezes deturpado pelos anos e falta de esclarecimentos.
Jovem 1: Senhores e senhoras, vimos até aqui nessa reportagem, cenas onde o verdadeiro sentido de Natal está quase ausente. Estas cenas nos mostraram que o sentido do Natal se perde em coisas e costumes, os quais além de serem afazeres desgastantes, deixam de ser refletidos em seu verdadeiro sentido e acabam deturpadas pelo comércio e a exploração. Por exemplo, o verde da árvore de Natal significa esperança e presença de vida – tal como na primavera. Para nós, são esperanças e vida proclamadas por Jesus Cristo, o Senhor do mundo.
Jovem 2: (Pegando o microfone). Também gostaria de dizer que existem muitas pessoas que usam colocar na porta a coroa de Advento. Seja em escritórios e estabelecimentos comerciais. Creio que muitos não sabem o que significa. Com esta decoração estamos anunciando que o Senhor, ou o menino nascido na estrebaria e à margem da sociedade daquela época e à margem nos dias de hoje também, tem um reino infinito, ele é o Rei deste mundo apesar de rechaço e repúdio da estrebaria e da cruz. (Faz um gesto de quem falou e disse e entrega o microfone ao repórter).
Repórter: Senhores e senhoras, estamos aqui para saber mais e queremos ouvir o que a igreja tem a dizer acerca do Natal!
Jovem 3: Nós vemos que muitas pessoas que se dizem cristãs não vivem a “boa nova de alegria” proclamada pelos anjos aos pastores, porque separam a sua vida cotidiana da sua fé. Deixam Deus na estrebaria e na cruz sem entender que isso não foi por acaso, Deus quis falar para dentro de uma realidade que apresenta esses fatos diariamente – Deus, em seu filho condenou estas realidades – não as justificou ou relevou!
Jovem 1: Mas nós reconhecemos através da fé que temos que o Natal tem caráter de festa e alegria, porém, sem deturpação do seu sentido. Esta alegria não pode nos levar a esquecer os problemas que afligem nossa sociedade e os menos favorecidos. Como o caso de Raimundo, que por causa da ganância, em última análise, foi largado em sua situação.
Jovem 2: Por isso, nós cristão e cristãs que convivemos nesta sociedade, também o Natal significa arrependimento. Natal é transformação na vida em palavras e ações diárias.
Jovem 3: Vejam bem, Deus veio ao encontro de sua criatura e do mundo. Isto é amor e por isso somos motivados e convidados a amar não só nossos convivas, mas principalmente, aquele que é feito pela sociedade, um pequeno, um insignificante.
Jovem 1: Gente querida, Natal apesar de tudo que nos oprime e entristece é um convite para alegria. Alegria que se dá e se oferece nos 365 dias do ano.
Jovem 3: Para nós, o que Cristo revelou é o amor que tem por nós, antes de podermos agir, antes de podermos amar ele já amou primeiro.. Por isso o Natal também é um convite à gratidão.
Jovem 2: Pensem nisso... e não esqueçam do Natal nos 365 dias do ano.
Repórter: Temos que encerar agora senhores e senhoras. Desejamos a todos um Feliz Natal!
FIM
(Autor: Pastor Egon Drewlo)
Um repórter entrevista várias pessoas na rua, questionando-as sobre o sentido de Natal. O repórter pode ser o narrador de todo o teatro. Se fosse possível, essa pessoa deveria expressar-se naturalmente, não dependendo nem detendo-se em manuscritos.
Cenário: Primeiro, o palco poderia ser dividido em duas cenas paralelas. Numa metade do palco, o repórter estaria fazendo as entrevistas, enquanto que na outra m
possível montar cada cenário separadamente, inventando algo criativo para o tempo em que as cortinas necessitem permanecer fechadas. O quarto cenário também pode ser montado durante uma cena, com a cortina metade fechada ou separadamente.
Personagens:
Repórter, Um senhor idoso, Uma dona-de-casa, Uma criança, Um comerciante, Jovens cristãos (3), Um jovem, Um policial, Uma família com pai, mãe, filha e filho, Sr. Raimundo – sem-terra, Marli, Carlos, Ricardo e Paula
Repórter (R): Estamos mais uma vez escutando a voz do povo a respeito de um assunto que todos conhecem. Estou falando da época que estamos vivendo. Todos estão em plenos preparativos para o Natal. Anos vão se passando e algumas pessoas questionam: o que é REALMENTE o Natal, o que isso SIGNIFICA? Por esse motivo resolvemos escutar a opinião de muitas pessoas e ver o que elas acham que é o Natal.
Bem, vejamos as opiniões. Vamos conversar com aquele Sr. que vem vindo. (Aponta para o Sr. idoso que vem se aproximando. No encontro com cada personagem deve se improvisar alguma saudação que explique o motivo da entrevista. Enquanto ocorre a entrevista, outras pessoas devem ficar passando por perto. Talvez um ou outro querendo aparecer na televisão, outros passando e mostrando interesse)
Repórter: Poderia me dar um pouquinho da sua atenção?
Idoso: Pois não, do que se trata?
Repórter: Para o Sr., o que é realmente o Natal? O que o Sr. pensa a respeito do assunto?
Idoso: Ah! Meu jovem! Natal de verdade era aquele de antigamente. Agora nem se quer parece mais ser Natal. Antigamente, todos se reuniam, tinham tempo para conversar... Lembro que na noite de Natal acontecia aquela festa...(nostálgico). Geralmente havia um pinheiro todo enfeitado... também se ia para a igreja, ver a apresentação das crianças... É, a gente ia, toda a família, era tão lindo... Hoje, nem sei onde estarão os meus filhos, estou só... sem ninguém (pegando lenço, enxugado as lágrimas que começam a brotar, sai caminhando cabisbaixo. O repórter ainda lhe acena).
Repórter: Feliz Natal! (em seguida procura outra pessoa para entrevistar) Boa-noite, Sra. Posso perguntar-lhe o que é o Natal?
Dona de casa: (Cheia de compras de supermercado e presentes)Nem me fale... é aquela correria... comprar presentes para todo mundo, providenciar na ceia de Natal, arrumar a casa, enfeitar o pinheiro, sabe de uma coisa? Eu dou graças a Deus quando isso acaba e podemos voltar a velha rotina. Veja, que por mais que eu procure me antecipar nos preparativos, sempre os últimos dias são tumultuados... é uma verdadeira loucura! Por falar nisso, vou andando, pois tenho muito a fazer e estes pacotes estão cada vez mais pesados.
Repórter: Obrigada, senhora e Feliz Natal! ( Em seguida faz um comentário para a camera, que realmente os dias parecem ser mais tumultuados, pois as lojas estão lotadas de pessoas que escolhem presentes. Em seguida aborda uma criança). Vamos ver o que este garoto (ou garota) tem a nos dizer sobre o Natal! E prá você amiguinho/a, o que é o Natal?
Criança: Sabe, eu esperei o ano todo por isso, nestes dias tudo é maravilhoso, o melhor de tudo é passear pela cidade, ver as lojas enfeitadas com pinheirinhos, presépios e algumas tem até Papai Noel que distribui balas. Em casa a gente ganha presentes, eu adoro isso.
Repórter: Está bem, meu/minha garoto/a, obrigada...tchau! (Aproxima-se de um comerciante) E para o Sr., o que é o Natal? O que o Sr. faz?
Comerciante: Bem, eu sou comerciante...
Repórter: Ah, então o Sr. deve estar feliz nesta época de muitas vendas! Mas, o que é o Natal para o Sr.?
Comerciante: Olha, nunca parei para pensar no assunto, só sei dizer uma coisa: é uma época em que a publicidade explode. As vendas aumentam bastante, apesar da crise... e tudo isso fortalece a economia. No meu ramos é isso que realmente precisa acontecer. Assim, sou um homem realizado. Eu procuro oferecer produtos que agradem a todos e aumentar assim meu faturamento. Não sei profundamente o que é o Natal, mas sei que com os lucros desta época até durmo melhor...
Repórter: Ok! Obrigado! (E agora vira-se e fala para a câmera) Senhores telespectadores, estamos nas ruas de nossa cidade para ouvir do povo acerca do Natal e não esqueças os melhores presentes estão na casa Serrana... E fique aqui para ficar melhor informado... Vamos falar agora com esse/a jovem que se aproxima... Ei, cara, prá você, o que é Natal?
Jovem: Sabe, bicho, eu só sei de uma coisa: são dias que a gente pode curtir à beça. Fazer aquela festa e se divertir prá valer, sem essa de ficar em casa, só amassando o sofá... o jeito é agitar a sair a mil por aí. Depois que a gente tá meio “alto do chão” é tudo muito legal, parece que a gente tá no céu. Tô com todo programa montado com minha turma, nós vamos agitar essa cidade nestes dias, mesmo se o coroa quer que a gente fique em casa... com esse papo careta de reunião de família... Valeu cara, tchau!
Repórter: Tchau! (para a câmera) Olhem só, estão todos mesmo se preparando para o feriadão e queremos avisar aqueles que viajarão deixando a cidade: comunicado da rodoviária nos alerta que estão sendo colocados ônibus extras para a praia, mas não perca tempo vá logo comprar sua passagem para evitar desgostos de última hora... (Vendo um policial que ali caminha diz:) Vamos ouvir agora, este representante da lei e da ordem. Seu guarda, op que é Natal para o Sr.? São dias como outros em sua profissão?
Policial: São dias que as pessoas esquecem que devem ser prudentes e cuidadosas, são dias que, segundo dados estatísticos, ocorre o maior número de acidentes nas estradas. Todos querem ser donos das estradas e não respeitam pedestres e sinalizações, assim, dias que deveriam ser de festa, acabam sendo dias de dor e sofrimento para muitos. Eu gostaria de deixar meu apelo, aos senhores telespectadores para que tomem cuidado e tenham realmente boas festas!
Repórter: Bem, depois dessas opiniões os senhores podem ver que cada um tem a sua idéia a respeito do Natal. Poderíamos reunir centenas de pessoas e cada uma teria uma idéia diferente. Continuem conosco, voltamos após os comerciais. (Fecha-se metade da cortina. Neste tempo, com a cortina metade fechada, prepara-se o cenário para a terceira cena, no mesmo espaço que o repórter ocupava)
Filha: (Família, assistindo televisão, numa sala de estar) Puxa, mãe, lembrei-me que ainda não comprei um presente para minha amiga. Que mancada... já pensou se esqueço?
Mãe: Mas minha filha, nessa época de crise não se pode dar presente a todo mundo. Temos que nos deter em presentear os amigos mais achegados e parentes. Mande um cartão que além de ser muito mais comunicativo é também mais barato...
Filha: Eu pensei nisso mãe, mas é que eu economizei bastante nos últimos tempos. Não vai ser preciso pedir dinheiro pro papai, eu me arranjo.
Mãe: Manuel, não se esqueça do pinheiro.,
Pai: Não te preocupes, eu sei o que isso significa. Antigamente era a maior festa enfeitar o pinheiro, era divertido, eu adorava. Quero proporcionar essa alegria para meus filhos, nem que tenha que procurar um pinheiro lá nos confins da colônia.
Mãe: Você tem razão. Sem pinheiro, Natal não é Natal. Por falar nisso, vou arrumar também o presépio, para que minhas amigas possam vê-lo. Quero deixá-las babando de inveja com a decoração do presépio e da própria casa... Tenho algumas idéias que vão ficar uma beleza.
Filho: E por falar em Natal, o que vou ganhar de presente? Será que já esqueceram que me prometeram uma moto se eu passasse de não? Eu cumpri minha parte, espero que cumpram a promessa de vocês.
Mãe: Eu sei meu filho, mas tu também sabes que ninguém anda em condições financeiras boas, mas eu nunca deixei de cumprir meus acordos. O consórcio está quase todo paga e pode ser que até o Natal, a moto saia para nós.
Filha: Sabe de uma coisa! Vamos dormir que está ficando tarde, amanhã temos que levantar cedo. Além de tudo, esse programa está chato. Imagine só, ficar ouvindo esse papo furado , tem cada opinião... só vendo prá acreditar.
Filho: Eu vou ficar assistindo. Vou trocar de canal prá ver se encontro algum filme para assistir. (Fecham-se as cortinas. Abre-se a cortina, com o cenário da realidade dos sem-terra. Seu Raimundo com crianças maltrapilhas agarradas em suas pernas e uma mulher).
Repórter: Senhores telespectadores, neste meio tempo nos deslocamos com nossa unidade móvel aqui para o interior de nossa cidade onde encontramos seu Raimundo e sua família. Sr. Raimundo, para o Sr. e sua família o que é o Natal?
Raimundo: Buenas, Natal sempre foi uma alegria no tempo em que nós tinha nossa terrinha. Nós se alegrava de festejar o aniversário de Jesus mesmo que modestamente. Hoje temos somente as mãos calejadas e trabalhar para os outros.
Repórter: O que vem a ser essa construção? (apontando para um telhadinho)
Raimundo: Ali a gente se reúne quando vem o pastor ou o padre. Nos reunimos e lemos a Bíblia, aí a gente fica sabendo que Deus caminhou com seu povo para a terra prometida... e terra prá nós é vida.
Repórter: Mas, Sr. Raimundo, o governo já está cuidando da situação de vocês...
Raimundo: É, mas todos se vendem e nós não temos dinheiro prá comprar alguém para defender nossas idéias. Estamos no deserto, é o que lembro do último estudo bíblico. Mas temos que passar por esse deserto, Jesus está bem perto de nós, ele também nasceu pobre e em dificuldades. Por isso nós não podemos desanimar. O pastor disse que o Advento é a chegada de Jesus ao mundo... que ele veio e virá... Para nós aqui no acampamento, Advento e Natal é esperança de vida, vida que para nós é terra. (num ato de desprezo, o repórter o interrompe
Fazendo um gesto rápido e pedindo os comerciais. (Fecham-se as cortinas pela metade e abre-se o lado que estava sendo preparado. Um barzinho de gente jovem, com som e bebidas)
Marli: (Chegando no bar enquanto que os outros três já estão numa mesa) Que bom encontrar vocês, desde que terminou a aula na faculdade nunca mais encontrei a turma... Os fins de semana estão uma chatice, nem parece que estamos de férias.
Paula: Ora, pare de reclamar, é só passar estas festas que o pessoal volta. Nestes feriados de Natal todo mundo vai ver os familiares, por isso quase não encontramos ninguém...
Carlos: Parece que foi ontem a última festa de Natal... Uma festa que todos saíram do chão...
Ricardo: Vocês assistiram aquelas entrevistas na televisão? O repórter perguntava o que significa Natal prá cada um...
Carlos: Mas sabe, eu nunca tinha parado prá pensar. Este programa até chamou minha atenção. Lá em casa, por exemplo, tá a maior bagunça. É empregada prá todo lado, lavando, pintando, arrumando os móveis, redecorando a casa... Eu nem consigo me sentir bem no meu quarto... A mãe tem mania de revirar a casa todos os ano nessa época. Só prá dar aquele tradicional jantar de família... Os parentes próximos vêm... e nos obrigamos a fingir que está tudo bem... Eu fico imaginando de onde eles tiram aquela cara-de-pau...
Marli: Qual é, cara, deu uma de moralista agora? Desde quando tu ficas encucado com problemas familiares?
Ricardo: É todo mundo acaba, um dia, caindo na real, mas acaba mesmo é na fossa... Pois quando se tenta mudar alguma coisa, acaba-se esbarrando num monte de gente. E na maioria da vezes, ficamos cá com nossos botões... Somos forçados a deixar o mundo rolar... O coroa lá de casa tá em cima de mim: “Quando você vai virar gente? Crescer e ser alguém?”
Paula: É mesmo, muitas vezes fico me questionando sobre tudo que me rodeia, mas existe tanta coisa que acaba sufocando a gente! Todos pensam que nós jovens não temos objetivos na vida, mas não nos deixam perseguir nossos intentos..., nem querem conhecê-los... querem nos moldar ao modo de todos viverem...
Marli: Pôxa, gente, que papo mais baixo-astral! Eu vim aqui para arejar a cuca e vocês acabam me encucando ainda mais! Isso é papo prá se levar só daqui a alguns anos...
Ricardo: Bom, prá agradar gregos e troianos, já que a gente não consegue mudar a coisa... que tal darmos umas voltinhas... vocês topam?
Todos: Vamos! (Fecham-se as cortinas e reaparece o repórter)
Repórter: Senhores telespectadores, agora queremos ouvir os jovens da igreja cristã, que previamente contactamos para este encontro e diálogo. Eles querem nos clarear as idéias a respeito do significado do Natal, com um fundamento bíblico-teológico, pois o fundamento cristão está muitas vezes deturpado pelos anos e falta de esclarecimentos.
Jovem 1: Senhores e senhoras, vimos até aqui nessa reportagem, cenas onde o verdadeiro sentido de Natal está quase ausente. Estas cenas nos mostraram que o sentido do Natal se perde em coisas e costumes, os quais além de serem afazeres desgastantes, deixam de ser refletidos em seu verdadeiro sentido e acabam deturpadas pelo comércio e a exploração. Por exemplo, o verde da árvore de Natal significa esperança e presença de vida – tal como na primavera. Para nós, são esperanças e vida proclamadas por Jesus Cristo, o Senhor do mundo.
Jovem 2: (Pegando o microfone). Também gostaria de dizer que existem muitas pessoas que usam colocar na porta a coroa de Advento. Seja em escritórios e estabelecimentos comerciais. Creio que muitos não sabem o que significa. Com esta decoração estamos anunciando que o Senhor, ou o menino nascido na estrebaria e à margem da sociedade daquela época e à margem nos dias de hoje também, tem um reino infinito, ele é o Rei deste mundo apesar de rechaço e repúdio da estrebaria e da cruz. (Faz um gesto de quem falou e disse e entrega o microfone ao repórter).
Repórter: Senhores e senhoras, estamos aqui para saber mais e queremos ouvir o que a igreja tem a dizer acerca do Natal!
Jovem 3: Nós vemos que muitas pessoas que se dizem cristãs não vivem a “boa nova de alegria” proclamada pelos anjos aos pastores, porque separam a sua vida cotidiana da sua fé. Deixam Deus na estrebaria e na cruz sem entender que isso não foi por acaso, Deus quis falar para dentro de uma realidade que apresenta esses fatos diariamente – Deus, em seu filho condenou estas realidades – não as justificou ou relevou!
Jovem 1: Mas nós reconhecemos através da fé que temos que o Natal tem caráter de festa e alegria, porém, sem deturpação do seu sentido. Esta alegria não pode nos levar a esquecer os problemas que afligem nossa sociedade e os menos favorecidos. Como o caso de Raimundo, que por causa da ganância, em última análise, foi largado em sua situação.
Jovem 2: Por isso, nós cristão e cristãs que convivemos nesta sociedade, também o Natal significa arrependimento. Natal é transformação na vida em palavras e ações diárias.
Jovem 3: Vejam bem, Deus veio ao encontro de sua criatura e do mundo. Isto é amor e por isso somos motivados e convidados a amar não só nossos convivas, mas principalmente, aquele que é feito pela sociedade, um pequeno, um insignificante.
Jovem 1: Gente querida, Natal apesar de tudo que nos oprime e entristece é um convite para alegria. Alegria que se dá e se oferece nos 365 dias do ano.
Jovem 3: Para nós, o que Cristo revelou é o amor que tem por nós, antes de podermos agir, antes de podermos amar ele já amou primeiro.. Por isso o Natal também é um convite à gratidão.
Jovem 2: Pensem nisso... e não esqueçam do Natal nos 365 dias do ano.
Repórter: Temos que encerar agora senhores e senhoras. Desejamos a todos um Feliz Natal!
FIM
ENCENAÇÃO DE NATAL: CAMINHOS DE ESPERANÇA
ENCENAÇÃO DE NATAL
"PELOS CAMINHOS DE ESPERANÇA"
(Tema da da IECLB em 2004)
PERSONAGENS:
Filha (Josi), Filho (Daniel), Mãe, Pai, Avô, Avó, Profeta Isaías, Anjo Gabriel, Maria, José, 2 pastores de ovelhas, 3 estudiosos das estrelas, Jesus adulto, (16 pessoas, no total.
Atenção: Nem todos os personagens falam. Caso o número de pessoas esteja além do desejado, é possível realizar o teatro sem os pastores e os estudiosos).
RECURSOS:
No cenário, uma estrebaria escondida por uma parede. Na parede, uma janela. (Sugerimos construir uma estrutura bem simples para a estrebaria, talvez com telhado de folhas de palmeira, e cobrir a parte da frente com papel pardo, onde se pode recortar uma janela.) A janela aberta será o local de diálogo da Mãe, do Pai e da filha. A parede precisa ser de tamanho suficiente para permitir que os personagens que vão chegando e saindo de cena possam abrigar-se atrás dela, até o final do teatro, quando estarão novamente visíveis. Será necessário um aparelho de som e músicas apropriadas para alguns momentos. No decorrer da encenação, inserimos momentos de cantos comunitários. O início e o final da celebração estão a critério de quem coordena a celebração. Ali também é possível incluir mais hinos bem conhecidos de Natal, do HPD, por exemplo.
Texto: Pastora Scheila dos Santos Dreher
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CENA I
Música instrumental natalina.
Josi: (Josi aparece na janela, apóia-se no peitoril, olha para fora com expectativa.) Mãe, será que eles vão chegar a tempo? Daqui a pouco já serão sete horas (19h).
Mãe: (Mãe aparece na janela e afaga a filha.) Calma, filha. Tudo vai dar certo. Nós não vamos perder o Culto de Natal. Logo, logo seus avós estarão chegando. Da cidade deles até aqui leva umas três horas de carro. Com certeza, eles já estão a caminho. Vamos esperar aqui na janela até que eles venham.
Pai: (Pai aparece na janela.) Posso me juntar a vocês?
Josi: Claro, Pai.
Daniel: Eu também quero ficar aí com vocês.
Josi: Vem, mano.
Mãe: Vem cá, filho.
Josi: Mãe, Pai, eu quero muito que a gente vá junto ao Culto de Natal; todo mundo: vocês, o Daniel, a Vovó, o Vovô e eu. Hoje é a primeira vez que eu vou participar do Teatro de Natal. Queria que todos vocês estivessem lá, comigo.
Pai: Vai dar tudo certo, Josi. Tenha esperança. Nem tudo na vida da gente acontece tão rápido e no momento em que a gente deseja. Às vezes, é preciso ter paciência e acreditar que tudo vai dar certo.
Josi: Tá bom, Papai.
Mãe: Aliás, filha, esperança e confiança sustentaram o povo de Deus em toda a sua caminhada. Hoje, ainda, é assim.
Daniel: Do quê você está falando, Mãe?
Mãe: Filho, eu te explico. No Teatro de Natal, hoje a noite, vocês vão representar o nascimento de Jesus. Mas a vinda do Salvador foi anunciada muito tempo antes, pelo Profeta Isaías.
Daniel: Mas, Mãe, o que isso tem a ver com esperança e confiança?
Mãe: Daniel, o Profeta Isaías viveu em Israel por volta de 700 anos antes de Jesus Cristo. O povo de Israel, naquela época, estava em constante perigo de ter sua terra invadida por um outro povo, como aconteceu, de fato, anos mais tarde. A vida era marcada por injustiça e os pobres, especialmente as viúvas e os órfãos, não tinham quem os defendesse.
Josi: Por que isso era assim?
Pai: Filha, o maior responsável pela situação, com certeza, era o rei. Mas não só ele. Também o povo tinha sua parcela de culpa. E o resultado de toda essa situação era um sentimento de desesperança e muito sofrimento.
Daniel: O que o profeta faz, então, Pai?
Pai: Em primeiro lugar, o Profeta Isaías denunciou a culpa do rei e do povo. Feito isto, ele anunciou esperança. E anunciou também o maior sinal do amor de Deus por esse povo: a vinda de um Messias, um Salvador, para restabelecer a paz.
Josi: Puxa, que legal!
Mãe: Daniel, Josi, escutem o que diz o Profeta!
Música instrumental preparando a entrada do Profeta.
Profeta Isaías: (O Profeta entra pelo corredor da Igreja ou pela sacristia, trazendo uma haste de lenha ou um pequeno tronco com um broto. Caso não se encontre algo assim, pode-se fazer uma montagem. O Profeta é arauto de boas notícias. Por isso, sua fala é entusiástica.) "O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas. Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei. Ele será chamado de 'Conselheiro Maravilhoso', 'Deus Poderoso', 'Pai Eterno', 'Príncipe da Paz'. Ele será descendente do rei Davi; o seu poder como rei crescerá, e haverá paz em todo o seu reino." (Isaías 9.2,6-7a) "O Espírito do Senhor estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimento, capacidade e poder. Ele não julgará pela aparência, nem decidirá somente por ouvir dizer. Mas com justiça julgará os necessitados e defenderá os direitos dos pobres." (Isaías 11.2-4) "As bases do seu governo serão a justiça e o direito, desde o começo e para sempre." (Isaías 9.7) "Ele será como um ramo que brota de toco". (Isaías 11.1) "No seu grande amor, o Senhor Todo-Poderoso fará com que tudo isso aconteça." (Isaías 9.7b) (O Profeta dirige-se para a parte detrás da 'parede'. Permanece lá, para compor a cena final da encenação.)
hINO NATALINO (COM TODOS)
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CENA II
Daniel: Mãe, que notícia maravilhosa o profeta deu a esse povo. Justiça e paz no lugar de injustiça e descaso para com os necessitados. Isso, com certeza, fez o povo recuperar a esperança em dias melhores.
Mãe: Realmente, filho, mas passaram-se 700 anos até que o Salvador, Jesus, viesse ao mundo. E o povo só conseguiu vencer as dificuldades que surgiram ao longo do caminho porque Deus os amparou, todo o tempo, e porque tinham esperança na promessa feita por Deus através do profeta, da vinda de um Salvador. Filhos, vocês lembram que o profeta falou que o Salvador seria como um broto que surge num toco?
Daniel: Lembro, sim, Mãe.
Josi: Eu lembro também.
Mãe: Pois é, um toco, aparentemente, é algo morto, sem vida. Mas nessa figura usada pelo profeta se pode perceber a força e o amor de Deus. Pense comigo: mesmo diante de toda a maldade, mesmo diante de profunda tristeza e desilusão, Deus pode fazer ressurgir a vida.
Josi: Então, mãe, a base da esperança são a confiança e a fé.
Mãe: Certo, filha. Lembra do anúncio do anjo Gabriel à Maria?
Josi: Quando ele anuncia que Maria vai ficar grávida, mãe?
Mãe: É, filha. Maria confiou no que Deus lhe disse através do anjo. E isso determinou os caminhos que ela seguiria, dali por diante.
Pai: Sua mãe tem razão, Josi. Maria se alegrou com a gravidez. Maria confiou que Deus estaria com ela nesta gravidez inesperada; ainda mais porque ela era ainda muito jovem e solteira, só de casamento prometido, como era o costume da época. Quando soube da gravidez, Maria cantou uma música falando da bondade de Deus para com os seus antepassados. Ela entendeu que carregava no ventre, agora, o Salvador; aquele que traria paz à terra, que governaria com justiça, como o Profeta Isaías já tinha dito.
Música instrumental.
(Maria entra pela porta da sacristia, caminhando lentamente, trazendo consigo um pote ou vaso de argila, nas mãos, e flores ou trigo, e se ocupa breves instantes em arrumá-los dentro do vaso. É surpreendida pela chegada do Anjo.)
Anjo Gabriel: (Entra pela porta da sacristia.) Levanta ambas as mãos.) "Que a paz esteja com você, Maria. Você é muito abençoada. O Senhor está com você. Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Maria: Mas isso não é possível, pois eu nunca tive relações com homem algum!
Anjo: Maria, o Espírito Santo virá sobre você, e o poder de Deus a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus, Maria, nada é impossível.
Maria: Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o você acabou de me dizer!" (Lucas 1.26-38)
(Anjo dirige-se para a parte detrás da parede. Maria sai pela porta da sacristia para entrar em cena novamente, mais tarde, com José.)
Hino Natalino com Todos
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CENA III
Daniel: Bah! Que legal! Agora estou me dando conta de que a nossa esperança num Reino de paz e justiça começa com Jesus menino. Pai, Deus agiu através de Maria, uma moça, ainda, e o caminho que ele escolheu para chegar até nós foi tornar-se pessoa no menino Jesus, não é isso?
Pai: É filho, Deus veio ao mundo como uma criança, bem frágil, que necessita de muitos cuidados. Muita gente, naquela época, achou que Jesus seria aquele que governaria com armas e força física. Mas os caminhos de Deus nunca incluem a violência. Deus se revela a nós nos pequenos acontecimentos e através de pessoas sem aspiração de poder.
Música instrumental.
(José e Maria entram caminhando pelo corredor da Igreja. Agora, Maria está grávida, prestes a dar a luz. José a ampara pelo braço.)
José: Maria, você agüenta caminhar, ainda? Falta pouco, bem pouco, e logo estaremos em Belém, terra de Davi, nosso antepassado.
Maria: É, José, por isso precisamos viajar até Belém, para cumprir a ordem do Imperador César Augusto, que deseja saber quantas pessoas têm em todo o seu Império.
José: Infelizmente, Maria, em nossos dias, todos os caminhos conduzem ao Imperador. Ele é quem tem poder e faz tudo como bem deseja. Dispõem, até mesmo, da vida das pessoas.
Maria: Você tem razão, José, mas não perca a Esperança. Deus não esqueceu da gente e vai abrir novos caminhos por onde possamos prosseguir. Deus vai nos ajudar a encontrarmos soluções, pequenas que sejam, para as dificuldades da vida.
José: Maria, você deve estar cansada. Caminhamos muitos dias e sua gravidez já está adiantada.
Maria: José, isso não tem importância. Deus tem me acompanhado e me amparado com sua força. Carrego no ventre a esperança de salvação deste mundo. Louvado seja Deus, que me escolheu para ser a mãe do Salvador. Louvado seja Deus que não abandonou o seu povo, mas vem ao seu encontro nesta pequena criança para trazer-lhe verdadeira paz.
(Maria e José dirigem-se para a parte detrás da parede.)
Música instrumental.
Josi: Mãe, me diga uma coisa: Jesus nasceu mesmo numa estrebaria?
Mãe: Sim, Josi. José e Maria procuraram um hotelzinho onde pernoitar, em Belém, mas por causa do censo que o Imperador César Agusto estava fazendo, os hotéis e hospedarias estavam superlotados. O único lugar que encontraram para descansar foi uma estrebaria.
Josi: E foi lá que Jesus nasceu. Maria e José foram muito corajosos enfrentando o nascimento de uma criança sozinhos.
Pai: Você está certa, filha. O Salvador veio ao mundo sem um lugar limpo para esperá-lo e sem pessoas que ajudassem no parto.
Daniel: Pai, e está certo que os pastores de ovelhas e os estudiosos das estrelas foram as primeiras pessoas que tomaram conhecimento do nascimento de Jesus?
Pai: Sim, minha filha. Os pastores de ovelhas eram gente muito simples, que ficavam dias fora de casa, cuidando das ovelhas. Por causa da vida difícil que levavam, já não tinham mais esperança em dias melhores. Mas foram eles, justamente os pastores de ovelhas, os escolhidos por Deus para receber por primeiro a notícia do nascimento do Salvador.
Música instrumental.
(Pastores entram pelo corredor da igreja.)
Pastor de ovelhas: Vamos, João, não quero perder tempo. Pelo que o anjo falou, a estrebaria onde nasceu o Salvador do mundo deve ser logo ali adiante. (Dirigem-se para a parte detrás da 'parede'.)
Música instrumental.
Josi: E os estudiosos das estrelas, mãe? Quem eram eles?
Mãe: Eles eram astrólogos, filha; sua profissão era observar planetas, estrelas ...
Foi por isso que perceberam logo quando apareceu uma estrela tão diferente no céu. Como sabiam da profecia da chegada do Messias, entenderam o que estava acontecendo e vieram de muito longe, seguindo a estrela, para conhecer e prestar homenagem ao Salvador. Através dos estudiosos das estrelas, Deus se fez conhecer também como Salvador de outros povos, não só do povo israelita.
Música instrumental. (Enquanto a música é ouvida e os Estudiosos vem se aproximando, uma estrela - verde - vai sendo puxada por um fio para o alto da parede/estrebaria.)
(Entram os três estudiosos das estrelas.)
Estudioso: Vejam! Lá está a estrela que nos indica o caminho. (O Estudioso aponta para a estrela.) Vamos continuar observando atentamente e assim chegaremos até o Messias, o Salvador, prometido há muito tempo pelo Profeta. Ele trará nova esperança para as pessoas. (Dirigem-se para a parte detrás da 'parede'.)
Música instrumental.
Hino Natalino com Todos
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CENA IV
Daniel: Mãe, Pai, mas isso é incrível. Os caminhos que Deus usa pra chegar até as pessoas são surpreendentes. Com o nascimento de Jesus, Deus abre mesmo um Caminho de Esperança.
Pai: É filho. Deus abre Caminhos de Esperança pra gente. E não só isso, ele próprio nos ajuda a também abrirmos Caminhos de Esperança.
Josi: Como assim, Pai?
Pai: O Imperador ordenou que os Estudiosos das Estrelas voltassem pelo mesmo Caminho para contar-lhe onde estava Jesus. Eles não fizeram isso. Eles voltaram para a sua terra por outro Caminho. Assim, eles protegeram a vida do Salvador.
Josi: Hm, entendi. Também nós precisamos, muitas vezes, encontrar caminhos alternativos para proteger a vida, não, é?
Mãe: Isso mesmo, filha. Todo o tempo em que Jesus viveu entre as pessoas, até sua morte e ressurreição, ele abriu muitos caminhos de esperança porque ele agiu de um jeito novo, diferente. Ele conviveu e auxiliou gente muito simples. Ele acolheu pessoas que a sociedade não dava valor, como os doentes, as crianças e as mulheres. Ensinou sobre a bondade e o amor de Deus, não com discursos, apenas, mas com o jeito com que ele lidava com as pessoas.
Daniel: Que legal, Mãe!
Pai: Daniel, mas Jesus também foi muito duro com pessoas que exploravam a fé do povo e que tornavam difícil a vida do povo. Jesus foi justo e com a sua presença, as pessoas experimentaram paz verdadeira.
Josi: É mesmo, Pai?
Pai: Sim, filha. Ele permitiu as pessoas vislumbrar caminhos de esperança, apesar da vida tão difícil que tinham. Jesus ajudou as pessoas a compreender que a vida fica mais fácil se vivida com solidariedade e justiça.
Daniel: Sabem, eu penso que não é fácil ser uma pessoa solidária. A gente está acostumada a viver cada um por si, cuidando dos seus próprios problemas.
Mãe: Aí é que está, Daniel. A nossa esperança num mundo melhor está, primeiro, na certeza de que o mundo está nas mãos de Deus. Em segundo lugar, a nossa esperança num mundo melhor vai se tornando realidade quando fazemos algo para que isso aconteça. E isso significa unir forças, juntar nossas mãos, entende, para mudarmos, pouco a pouco, o que nos traz sofrimento e o que dificulta a vida das pessoas.
Josi: Jesus mandou que a gente fizesse isso, Mãe?
Mãe: Filha, Jesus nos pediu para anunciarmos adiante tudo o que dele aprendemos e prometeu nos acompanhar, em nossos caminhos, fortalecendo nossa esperança e permitindo que experimentemos, já agora, momentos na nossa vida onde a paz de Deus já acontece.
Música instrumental.
(
Jesus entra e fala, com tranqüilidade.)
Jesus: "Vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos." (Mateus 28.19-20)
Música instrumental.
Josi: Mãe, agora até consigo entender melhor a poesia que eu vou falar hoje a noite, no Teatro de Natal.
Mãe: Ah, é, filha? Que legal! Você quer dizer agora a poesia que você decorou?
Josi: Espera, mãe, agora não vai dar. Olhem lá. O Vovô e a Vovó estão chegando. Vem,
Mãe, vem Pai, vamos recebê-los.
Música instrumental natalina, bem alegre.
(Josi, Daniel, a Mãe e o Pai saem detrás da parede e recebem com abraços os avós. Enquanto isso, a parede é retirada e aparece a cena de Natal, com José, Maria e o menino Jesus em seu colo, os Pastores, os Estudiosos das estrelas, o Profeta Isaías, com seu toco, de um lado, e Jesus adulto, de outro. Também Josi, Daniel, a Mãe, o Pai, o Avô e a Avó se integram a este cena. Josi fica de mãos dadas com a Mãe e o Pai. A música instrumental cessa.)
Josi: Mãe, Pai, posso dizer agora a minha poesia?
Mãe/Pai: Claro que pode, filha.
(Josi dá um passo à frente e fala, bem alegre, e com gestos condizentes.)
Josi: "Pelos caminhos da Esperança,
sigo em busca da Paz.
Vou de mãos dadas, nunca sozinho,
pois a união é quem faz.
Busquemos caminhos de mãos sempre unidas,
fazendo da vida serviço de amor.
Que a Paz e a Justiça, bem entrelaçadas
indiquem que Cristo é o nosso Senhor."
(Extraído da música "Caminhos")
(Avós, Pai, Mãe e Daniel aplaudem. Josi agradece.)
Pai: Filha, que bonito. Você sabia que essa poesia também é uma música? Vamos todos cantar essa música?
Todos: Sim, vamos cantar!
Mãe: (Fala para a comunidade.) Vocês também estão convidados a cantar conosco a música 'Caminhos'.
Hino natalino com Todos
(Todas as pessoas que compõem o presépio se abraçam e se embalam, cantando junto com a comunidade).
Sugestão para o final da celebração: O Pastor ou a Pastora (ou, ainda, outro membro ou obreiro/a responsável) conduz a oração final, Pai Nosso, bênção e convida a comunidade para, em pé, encerrar a celebração cantando "Noite Feliz". Sugerimos que as comunicações já tenham acontecido no início da celebração.
Canção de natal com todos: "Noite Feliz" -
"PELOS CAMINHOS DE ESPERANÇA"
(Tema da da IECLB em 2004)
PERSONAGENS:
Filha (Josi), Filho (Daniel), Mãe, Pai, Avô, Avó, Profeta Isaías, Anjo Gabriel, Maria, José, 2 pastores de ovelhas, 3 estudiosos das estrelas, Jesus adulto, (16 pessoas, no total.
Atenção: Nem todos os personagens falam. Caso o número de pessoas esteja além do desejado, é possível realizar o teatro sem os pastores e os estudiosos).
RECURSOS:
No cenário, uma estrebaria escondida por uma parede. Na parede, uma janela. (Sugerimos construir uma estrutura bem simples para a estrebaria, talvez com telhado de folhas de palmeira, e cobrir a parte da frente com papel pardo, onde se pode recortar uma janela.) A janela aberta será o local de diálogo da Mãe, do Pai e da filha. A parede precisa ser de tamanho suficiente para permitir que os personagens que vão chegando e saindo de cena possam abrigar-se atrás dela, até o final do teatro, quando estarão novamente visíveis. Será necessário um aparelho de som e músicas apropriadas para alguns momentos. No decorrer da encenação, inserimos momentos de cantos comunitários. O início e o final da celebração estão a critério de quem coordena a celebração. Ali também é possível incluir mais hinos bem conhecidos de Natal, do HPD, por exemplo.
Texto: Pastora Scheila dos Santos Dreher
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CENA I
Música instrumental natalina.
Josi: (Josi aparece na janela, apóia-se no peitoril, olha para fora com expectativa.) Mãe, será que eles vão chegar a tempo? Daqui a pouco já serão sete horas (19h).
Mãe: (Mãe aparece na janela e afaga a filha.) Calma, filha. Tudo vai dar certo. Nós não vamos perder o Culto de Natal. Logo, logo seus avós estarão chegando. Da cidade deles até aqui leva umas três horas de carro. Com certeza, eles já estão a caminho. Vamos esperar aqui na janela até que eles venham.
Pai: (Pai aparece na janela.) Posso me juntar a vocês?
Josi: Claro, Pai.
Daniel: Eu também quero ficar aí com vocês.
Josi: Vem, mano.
Mãe: Vem cá, filho.
Josi: Mãe, Pai, eu quero muito que a gente vá junto ao Culto de Natal; todo mundo: vocês, o Daniel, a Vovó, o Vovô e eu. Hoje é a primeira vez que eu vou participar do Teatro de Natal. Queria que todos vocês estivessem lá, comigo.
Pai: Vai dar tudo certo, Josi. Tenha esperança. Nem tudo na vida da gente acontece tão rápido e no momento em que a gente deseja. Às vezes, é preciso ter paciência e acreditar que tudo vai dar certo.
Josi: Tá bom, Papai.
Mãe: Aliás, filha, esperança e confiança sustentaram o povo de Deus em toda a sua caminhada. Hoje, ainda, é assim.
Daniel: Do quê você está falando, Mãe?
Mãe: Filho, eu te explico. No Teatro de Natal, hoje a noite, vocês vão representar o nascimento de Jesus. Mas a vinda do Salvador foi anunciada muito tempo antes, pelo Profeta Isaías.
Daniel: Mas, Mãe, o que isso tem a ver com esperança e confiança?
Mãe: Daniel, o Profeta Isaías viveu em Israel por volta de 700 anos antes de Jesus Cristo. O povo de Israel, naquela época, estava em constante perigo de ter sua terra invadida por um outro povo, como aconteceu, de fato, anos mais tarde. A vida era marcada por injustiça e os pobres, especialmente as viúvas e os órfãos, não tinham quem os defendesse.
Josi: Por que isso era assim?
Pai: Filha, o maior responsável pela situação, com certeza, era o rei. Mas não só ele. Também o povo tinha sua parcela de culpa. E o resultado de toda essa situação era um sentimento de desesperança e muito sofrimento.
Daniel: O que o profeta faz, então, Pai?
Pai: Em primeiro lugar, o Profeta Isaías denunciou a culpa do rei e do povo. Feito isto, ele anunciou esperança. E anunciou também o maior sinal do amor de Deus por esse povo: a vinda de um Messias, um Salvador, para restabelecer a paz.
Josi: Puxa, que legal!
Mãe: Daniel, Josi, escutem o que diz o Profeta!
Música instrumental preparando a entrada do Profeta.
Profeta Isaías: (O Profeta entra pelo corredor da Igreja ou pela sacristia, trazendo uma haste de lenha ou um pequeno tronco com um broto. Caso não se encontre algo assim, pode-se fazer uma montagem. O Profeta é arauto de boas notícias. Por isso, sua fala é entusiástica.) "O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas. Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei. Ele será chamado de 'Conselheiro Maravilhoso', 'Deus Poderoso', 'Pai Eterno', 'Príncipe da Paz'. Ele será descendente do rei Davi; o seu poder como rei crescerá, e haverá paz em todo o seu reino." (Isaías 9.2,6-7a) "O Espírito do Senhor estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimento, capacidade e poder. Ele não julgará pela aparência, nem decidirá somente por ouvir dizer. Mas com justiça julgará os necessitados e defenderá os direitos dos pobres." (Isaías 11.2-4) "As bases do seu governo serão a justiça e o direito, desde o começo e para sempre." (Isaías 9.7) "Ele será como um ramo que brota de toco". (Isaías 11.1) "No seu grande amor, o Senhor Todo-Poderoso fará com que tudo isso aconteça." (Isaías 9.7b) (O Profeta dirige-se para a parte detrás da 'parede'. Permanece lá, para compor a cena final da encenação.)
hINO NATALINO (COM TODOS)
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CENA II
Daniel: Mãe, que notícia maravilhosa o profeta deu a esse povo. Justiça e paz no lugar de injustiça e descaso para com os necessitados. Isso, com certeza, fez o povo recuperar a esperança em dias melhores.
Mãe: Realmente, filho, mas passaram-se 700 anos até que o Salvador, Jesus, viesse ao mundo. E o povo só conseguiu vencer as dificuldades que surgiram ao longo do caminho porque Deus os amparou, todo o tempo, e porque tinham esperança na promessa feita por Deus através do profeta, da vinda de um Salvador. Filhos, vocês lembram que o profeta falou que o Salvador seria como um broto que surge num toco?
Daniel: Lembro, sim, Mãe.
Josi: Eu lembro também.
Mãe: Pois é, um toco, aparentemente, é algo morto, sem vida. Mas nessa figura usada pelo profeta se pode perceber a força e o amor de Deus. Pense comigo: mesmo diante de toda a maldade, mesmo diante de profunda tristeza e desilusão, Deus pode fazer ressurgir a vida.
Josi: Então, mãe, a base da esperança são a confiança e a fé.
Mãe: Certo, filha. Lembra do anúncio do anjo Gabriel à Maria?
Josi: Quando ele anuncia que Maria vai ficar grávida, mãe?
Mãe: É, filha. Maria confiou no que Deus lhe disse através do anjo. E isso determinou os caminhos que ela seguiria, dali por diante.
Pai: Sua mãe tem razão, Josi. Maria se alegrou com a gravidez. Maria confiou que Deus estaria com ela nesta gravidez inesperada; ainda mais porque ela era ainda muito jovem e solteira, só de casamento prometido, como era o costume da época. Quando soube da gravidez, Maria cantou uma música falando da bondade de Deus para com os seus antepassados. Ela entendeu que carregava no ventre, agora, o Salvador; aquele que traria paz à terra, que governaria com justiça, como o Profeta Isaías já tinha dito.
Música instrumental.
(Maria entra pela porta da sacristia, caminhando lentamente, trazendo consigo um pote ou vaso de argila, nas mãos, e flores ou trigo, e se ocupa breves instantes em arrumá-los dentro do vaso. É surpreendida pela chegada do Anjo.)
Anjo Gabriel: (Entra pela porta da sacristia.) Levanta ambas as mãos.) "Que a paz esteja com você, Maria. Você é muito abençoada. O Senhor está com você. Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Maria: Mas isso não é possível, pois eu nunca tive relações com homem algum!
Anjo: Maria, o Espírito Santo virá sobre você, e o poder de Deus a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus, Maria, nada é impossível.
Maria: Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o você acabou de me dizer!" (Lucas 1.26-38)
(Anjo dirige-se para a parte detrás da parede. Maria sai pela porta da sacristia para entrar em cena novamente, mais tarde, com José.)
Hino Natalino com Todos
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CENA III
Daniel: Bah! Que legal! Agora estou me dando conta de que a nossa esperança num Reino de paz e justiça começa com Jesus menino. Pai, Deus agiu através de Maria, uma moça, ainda, e o caminho que ele escolheu para chegar até nós foi tornar-se pessoa no menino Jesus, não é isso?
Pai: É filho, Deus veio ao mundo como uma criança, bem frágil, que necessita de muitos cuidados. Muita gente, naquela época, achou que Jesus seria aquele que governaria com armas e força física. Mas os caminhos de Deus nunca incluem a violência. Deus se revela a nós nos pequenos acontecimentos e através de pessoas sem aspiração de poder.
Música instrumental.
(José e Maria entram caminhando pelo corredor da Igreja. Agora, Maria está grávida, prestes a dar a luz. José a ampara pelo braço.)
José: Maria, você agüenta caminhar, ainda? Falta pouco, bem pouco, e logo estaremos em Belém, terra de Davi, nosso antepassado.
Maria: É, José, por isso precisamos viajar até Belém, para cumprir a ordem do Imperador César Augusto, que deseja saber quantas pessoas têm em todo o seu Império.
José: Infelizmente, Maria, em nossos dias, todos os caminhos conduzem ao Imperador. Ele é quem tem poder e faz tudo como bem deseja. Dispõem, até mesmo, da vida das pessoas.
Maria: Você tem razão, José, mas não perca a Esperança. Deus não esqueceu da gente e vai abrir novos caminhos por onde possamos prosseguir. Deus vai nos ajudar a encontrarmos soluções, pequenas que sejam, para as dificuldades da vida.
José: Maria, você deve estar cansada. Caminhamos muitos dias e sua gravidez já está adiantada.
Maria: José, isso não tem importância. Deus tem me acompanhado e me amparado com sua força. Carrego no ventre a esperança de salvação deste mundo. Louvado seja Deus, que me escolheu para ser a mãe do Salvador. Louvado seja Deus que não abandonou o seu povo, mas vem ao seu encontro nesta pequena criança para trazer-lhe verdadeira paz.
(Maria e José dirigem-se para a parte detrás da parede.)
Música instrumental.
Josi: Mãe, me diga uma coisa: Jesus nasceu mesmo numa estrebaria?
Mãe: Sim, Josi. José e Maria procuraram um hotelzinho onde pernoitar, em Belém, mas por causa do censo que o Imperador César Agusto estava fazendo, os hotéis e hospedarias estavam superlotados. O único lugar que encontraram para descansar foi uma estrebaria.
Josi: E foi lá que Jesus nasceu. Maria e José foram muito corajosos enfrentando o nascimento de uma criança sozinhos.
Pai: Você está certa, filha. O Salvador veio ao mundo sem um lugar limpo para esperá-lo e sem pessoas que ajudassem no parto.
Daniel: Pai, e está certo que os pastores de ovelhas e os estudiosos das estrelas foram as primeiras pessoas que tomaram conhecimento do nascimento de Jesus?
Pai: Sim, minha filha. Os pastores de ovelhas eram gente muito simples, que ficavam dias fora de casa, cuidando das ovelhas. Por causa da vida difícil que levavam, já não tinham mais esperança em dias melhores. Mas foram eles, justamente os pastores de ovelhas, os escolhidos por Deus para receber por primeiro a notícia do nascimento do Salvador.
Música instrumental.
(Pastores entram pelo corredor da igreja.)
Pastor de ovelhas: Vamos, João, não quero perder tempo. Pelo que o anjo falou, a estrebaria onde nasceu o Salvador do mundo deve ser logo ali adiante. (Dirigem-se para a parte detrás da 'parede'.)
Música instrumental.
Josi: E os estudiosos das estrelas, mãe? Quem eram eles?
Mãe: Eles eram astrólogos, filha; sua profissão era observar planetas, estrelas ...
Foi por isso que perceberam logo quando apareceu uma estrela tão diferente no céu. Como sabiam da profecia da chegada do Messias, entenderam o que estava acontecendo e vieram de muito longe, seguindo a estrela, para conhecer e prestar homenagem ao Salvador. Através dos estudiosos das estrelas, Deus se fez conhecer também como Salvador de outros povos, não só do povo israelita.
Música instrumental. (Enquanto a música é ouvida e os Estudiosos vem se aproximando, uma estrela - verde - vai sendo puxada por um fio para o alto da parede/estrebaria.)
(Entram os três estudiosos das estrelas.)
Estudioso: Vejam! Lá está a estrela que nos indica o caminho. (O Estudioso aponta para a estrela.) Vamos continuar observando atentamente e assim chegaremos até o Messias, o Salvador, prometido há muito tempo pelo Profeta. Ele trará nova esperança para as pessoas. (Dirigem-se para a parte detrás da 'parede'.)
Música instrumental.
Hino Natalino com Todos
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CENA IV
Daniel: Mãe, Pai, mas isso é incrível. Os caminhos que Deus usa pra chegar até as pessoas são surpreendentes. Com o nascimento de Jesus, Deus abre mesmo um Caminho de Esperança.
Pai: É filho. Deus abre Caminhos de Esperança pra gente. E não só isso, ele próprio nos ajuda a também abrirmos Caminhos de Esperança.
Josi: Como assim, Pai?
Pai: O Imperador ordenou que os Estudiosos das Estrelas voltassem pelo mesmo Caminho para contar-lhe onde estava Jesus. Eles não fizeram isso. Eles voltaram para a sua terra por outro Caminho. Assim, eles protegeram a vida do Salvador.
Josi: Hm, entendi. Também nós precisamos, muitas vezes, encontrar caminhos alternativos para proteger a vida, não, é?
Mãe: Isso mesmo, filha. Todo o tempo em que Jesus viveu entre as pessoas, até sua morte e ressurreição, ele abriu muitos caminhos de esperança porque ele agiu de um jeito novo, diferente. Ele conviveu e auxiliou gente muito simples. Ele acolheu pessoas que a sociedade não dava valor, como os doentes, as crianças e as mulheres. Ensinou sobre a bondade e o amor de Deus, não com discursos, apenas, mas com o jeito com que ele lidava com as pessoas.
Daniel: Que legal, Mãe!
Pai: Daniel, mas Jesus também foi muito duro com pessoas que exploravam a fé do povo e que tornavam difícil a vida do povo. Jesus foi justo e com a sua presença, as pessoas experimentaram paz verdadeira.
Josi: É mesmo, Pai?
Pai: Sim, filha. Ele permitiu as pessoas vislumbrar caminhos de esperança, apesar da vida tão difícil que tinham. Jesus ajudou as pessoas a compreender que a vida fica mais fácil se vivida com solidariedade e justiça.
Daniel: Sabem, eu penso que não é fácil ser uma pessoa solidária. A gente está acostumada a viver cada um por si, cuidando dos seus próprios problemas.
Mãe: Aí é que está, Daniel. A nossa esperança num mundo melhor está, primeiro, na certeza de que o mundo está nas mãos de Deus. Em segundo lugar, a nossa esperança num mundo melhor vai se tornando realidade quando fazemos algo para que isso aconteça. E isso significa unir forças, juntar nossas mãos, entende, para mudarmos, pouco a pouco, o que nos traz sofrimento e o que dificulta a vida das pessoas.
Josi: Jesus mandou que a gente fizesse isso, Mãe?
Mãe: Filha, Jesus nos pediu para anunciarmos adiante tudo o que dele aprendemos e prometeu nos acompanhar, em nossos caminhos, fortalecendo nossa esperança e permitindo que experimentemos, já agora, momentos na nossa vida onde a paz de Deus já acontece.
Música instrumental.
(
Jesus entra e fala, com tranqüilidade.)
Jesus: "Vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos." (Mateus 28.19-20)
Música instrumental.
Josi: Mãe, agora até consigo entender melhor a poesia que eu vou falar hoje a noite, no Teatro de Natal.
Mãe: Ah, é, filha? Que legal! Você quer dizer agora a poesia que você decorou?
Josi: Espera, mãe, agora não vai dar. Olhem lá. O Vovô e a Vovó estão chegando. Vem,
Mãe, vem Pai, vamos recebê-los.
Música instrumental natalina, bem alegre.
(Josi, Daniel, a Mãe e o Pai saem detrás da parede e recebem com abraços os avós. Enquanto isso, a parede é retirada e aparece a cena de Natal, com José, Maria e o menino Jesus em seu colo, os Pastores, os Estudiosos das estrelas, o Profeta Isaías, com seu toco, de um lado, e Jesus adulto, de outro. Também Josi, Daniel, a Mãe, o Pai, o Avô e a Avó se integram a este cena. Josi fica de mãos dadas com a Mãe e o Pai. A música instrumental cessa.)
Josi: Mãe, Pai, posso dizer agora a minha poesia?
Mãe/Pai: Claro que pode, filha.
(Josi dá um passo à frente e fala, bem alegre, e com gestos condizentes.)
Josi: "Pelos caminhos da Esperança,
sigo em busca da Paz.
Vou de mãos dadas, nunca sozinho,
pois a união é quem faz.
Busquemos caminhos de mãos sempre unidas,
fazendo da vida serviço de amor.
Que a Paz e a Justiça, bem entrelaçadas
indiquem que Cristo é o nosso Senhor."
(Extraído da música "Caminhos")
(Avós, Pai, Mãe e Daniel aplaudem. Josi agradece.)
Pai: Filha, que bonito. Você sabia que essa poesia também é uma música? Vamos todos cantar essa música?
Todos: Sim, vamos cantar!
Mãe: (Fala para a comunidade.) Vocês também estão convidados a cantar conosco a música 'Caminhos'.
Hino natalino com Todos
(Todas as pessoas que compõem o presépio se abraçam e se embalam, cantando junto com a comunidade).
Sugestão para o final da celebração: O Pastor ou a Pastora (ou, ainda, outro membro ou obreiro/a responsável) conduz a oração final, Pai Nosso, bênção e convida a comunidade para, em pé, encerrar a celebração cantando "Noite Feliz". Sugerimos que as comunicações já tenham acontecido no início da celebração.
Canção de natal com todos: "Noite Feliz" -